quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Médicos reprovados em exame


Por: Agência Estado

Futuros médicos avaliados pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) tiveram neste ano o pior desempenho nas questões de clínica médica desde 2005, quando a avaliação foi implantada. Essa área engloba procedimentos básicos e identificação e análise de sintomas.

O resultado mostra que, dos 621 estudantes do sexto ano de medicina (último da graduação) que fizeram a prova, 48,45% acertaram as perguntas sobre atendimento clínico.

Em 2006, ano com maior margem de acerto, o índice foi de 60,82%. Realizado em duas fases, o exame não é obrigatório e não tem validade legal.

Os resultados divulgados se referem à primeira etapa. Segundo o Cremesp, cerca de 2,6 mil estudantes de medicina se formam por ano no Estado.

O resultado do exame de 2009 aponta que os formandos têm mais conhecimento sobre questões ligadas à ética na profissão (85,69% de acertos).

O coordenador do exame, Bráulio Luna, classifica o exame como de dificuldade média a fácil:

- Os estudantes apresentaram baixo desempenho naquilo que deveriam saber melhor [clínica médica], porque esta é a porta de entrada para o paciente que procura o hospital ou o serviço de emergência.

Para Luna, o resultado da prova pode não refletir a realidade do ensino de medicina:

- Avaliamos a melhor amostra de alunos, porque só comparece o estudante que se sente preparado.

No exame deste ano, 56% dos inscritos foram reprovados e não passaram para a segunda fase. No ano passado, o índice chegou a 61%.

O presidente do Cremesp, Henrique Carlos Gonçalves, aponta pelo menos três fatores para a má qualificação dos estudantes. O primeiro é o boom de faculdades de medicina no país. Atualmente, 31 escolas médicas atuam em São Paulo.

Outro fator é a falta de infraestrutura para receber os alunos, como prédios sem hospitais universitários. E o terceiro é a má qualificação dos professores.

Disponível em: http://noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias/futuros-medicos-tem-recorde-de-erros-em-prova-clinica-20091216.html

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