segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Olimpíada de Língua Portuguesa premiará estudantes e escolas


Começam em 22 de fevereiro e vão até 30 de abril as inscrições para a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. Promovida conjuntamente pelo Ministério da Educação e pela Fundação Itaú Social, a olimpíada tem entre seus objetivos estimular a leitura e o desenvolvimento da escrita na educação básica pública. O lançamento oficial será em 2 de março, na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro.

Com o tema O lugar onde vivo, estudantes e professores vão trabalhar textos de quatro gêneros literários. Alunos do quinto e sexto ano do ensino fundamental (quarta e quinta séries) vão desenvolver a poesia; sétimo e oitavo ano (sexta e sétima séries), textos no gênero memória; nono ano do ensino fundamental (oitava série) e primeiro ano do ensino médio, crônica; segundo e terceiro anos do ensino médio, artigo de opinião.

A expectativa do Ministério da Educação, segundo o coordenador geral de tecnologias da Secretaria da Educação Básica (SEB), Raymundo Ferreira Filho, é que 145 mil escolas e mais de 6 milhões de estudantes participem das atividades da olimpíada neste ano. Para que isso aconteça, será necessária a adesão das secretarias de educação dos 26 estados e do Distrito Federal e dos 5.563 municípios. A adesão é o primeiro passo. O segundo é a inscrição da escola. O investimento do MEC nessa ação será de R$ 13 milhões.

Pelo país – Além do lançamento nacional da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro no dia 2 de março, no Rio de Janeiro, os organizadores programaram um calendário de lançamento regionais entre 4 e 26 de março. Dia 4, em São Paulo; 9, Curitiba; 11, Goiânia; 16, Fortaleza; 18, Recife; 23, Belo Horizonte, e 26, Belém.

Dividida em etapas, a seleção de textos dos alunos começa na escola, depois acontece no município, no estado, na região e no âmbito nacional. A premiação, segundo o regulamento, é para o aluno e o seu professor. Os 500 semifinalistas receberão medalhas de bronze e cupons para a retirada de livros durante os eventos regionais; os 152 finalistas receberão medalhas de prata e um aparelho de som; os 20 vencedores (cinco por gênero literário) receberão medalha de ouro e um computador com impressora; as escolas onde estudam os vencedores receberão dez computadores, uma impressora e livros para a biblioteca.

Os professores dos 152 alunos finalistas serão convidados pelo Ministério da Educação a escrever sobre a participação na olimpíada em 2010. Os autores dos 28 melhores relatos receberão DVDs.

Trajetória – Em 2008, a Olimpíada da Língua Portuguesa se tornou política pública de educação sob a coordenação do MEC e em parceria com a Fundação Itaú Social. A olimpíada teve origem no programa Escrevendo o Futuro desenvolvido pela Fundação Itaú Social entre 2002 e 2006, em edições bienais, que contaram com a participação de mais de 3,5 milhões de alunos em todo o país.

Ionice Lorenzoni

Nordeste deve ser um dos maiores geradores de emprego em 2010, diz ministro

São Paulo - O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou hoje (11) durante visita ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na grande São Paulo, que a Região Nordeste deverá ser uma das maiores responsáveis pela criação de praticamente 2 milhões de empregos em 2010.

"O Nordeste tem crescido acima da média e acredito eles serão o segundo maior gerador de empregos este ano, perdendo apenas para São Paulo, que cria entre 30% e 35% dos empregos do país".

Lupi afirmou que o setor de serviços deve puxar este crescimento pois o mercado interno brasileiro está aquecido. Para o ministro, o programa Minha Casa, Minha Vida, impulsionará o setor da construção civil.

"Este programa está deslanchando. Acredito que a construção civil ficará em segundo lugar, perdendo apenas para o setor de serviços. Depois, penso que os metalúrgicos e comércio e agricultura serão mais beneficiados", completou.

Para Lupi, que também estava acompanhado pelo senador Eduardo Suplicy (PT), 2010 "será o melhor ano dos dois governos do presidente Lula".

"Sou muito otimista. Acho que 2010 será excelente para todos".

Segundo o ministro, a redução da jornada de trabalho deve ser aprovada ainda no primeiro semestre deste ano.

"O Michel Temer [presidente da Câmara dos Deputados] já está formando uma comissão dos que são contra e [dos que são] a favor da redução. Acredito em uma votação ainda neste semestre".

Fonte: Agência Brasil

Disponível em: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2010/01/11/materia.2010-01-11.2571187902/view

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Detenta mostra que força de vontade faz a diferença


Dificuldades. Falta de estímulo e perspectivas. Além da privação de liberdade. Para muitos esta combinação seria suficiente para justificar o não crescimento pessoal e profissional de um preso. E estas teem sido utilizadas, até por quem alisou o banco do saber, ao avaliar o aumento da população carcerária e crescimento dos índices de violência.

Especialistas divulgam frequentemente que é impossível recuperar um preso diante da atual política de segurança pública brasileira. E isso pode ser considerado verdade até o momento que alguém resolve desafiar tais teorias.

E foi o que fez Maria Aparecida Lourenço. Na contra-mão de suas colegas, ela resolve mudar sua trajetória através dos estudos.

Maria foi presa em 2000, condenada a cumprir uma pena de 3 anos e 50 dias por tráfico de drogas e outra de 18 anos e 8 meses por homicídio. Antes disso, nunca tinha trabalhado na vida. “Eu era uma pessoa revoltada, me envolvi com essas coisas erradas e vim parar na cadeia com 18 para 19 anos. Eu só tinha terminado o ginásio”, conta.

No período em que está interna, Maria já trabalhou em diversas empresas, que contratam os serviços de presidiários na mão-de-obra. “Trabalhei numa metalúrgica, numa empresa que faz lâmpadas fluorescentes, em uma de materiais hospitalares, mas nada disso conta na minha carteira de trabalho. E ainda por cima essas empresas não contratam a gente depois, quando cumprimos nossa pena”, diz.

Mudança de rumo

A decisão de se apegar aos estudos para mudar de vida não foi uma idéia que surgiu da noite para o dia. Maria tem vivenciado situações complicadas. Transferências constantes e falta de estímulos para estudar, são algumas.

Seu contato com o estudo dentro do sistema carcerário surgiu apenas em 2004, quando estava no Centro de Detenção Provisória Feminino de Franco da Rocha, onde permaneceu por 9 meses. “Nem me lembro mais do nome da professora, mas ela era muito boa, me estimulava a estudar, foi quando eu pensei em fazer a prova do CESU (exame que dava a certificação de conclusão do ensino médio, aplicado pelo Centro de Exames Supletivos)”, lembra.

Não conseguiu fazer o exame, pois foi transferida para a Penitenciária Feminina da Capital (PFC) e logo depois para mais outros dois presídios que não tinham sistema de educação estruturado.

Foi apenas em 2006, quando foi transferida para Taubaté após uma rebelião no presídio onde estava, que Maria repensou sua situação. “Eu fui para um Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e tive contato com as coisas que eu mais tinha medo na vida. Eu sempre tive pânico de ficar sozinha e de escuro. Nesse lugar eu fiquei um tempo numa cela completamente sozinha, com horário para falar. À noite eu morria de medo do escuro, ouvia vozes, barulhos de animais. Foi quando eu percebi que precisava sair dessa vida, mudar tudo. Foi quando eu encontrei Deus, quando eu comecei a acreditar nele”, explica.

A partir deste episódio, Maria focou seus esforços para mudar de vida. “Passei a ler mais, até mesmo a Bíblia e hoje eu não paro de ler. Minhas amigas dizem que eu não paro de estudar, que eu vou ficar louca por causa disso”, brinca a detenta, que diz adorar ler os livros de Fernando Pessoa e Machado de Assis.

Enem

Maria é uma do grupo de 12 mil detentos inscritos para participar da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será aplicado nesta terça e quarta-feira em presídios de todo o País. Seu objetivo inicial é conquistar o diploma de conclusão do ensino médio, que hoje é concedido apenas a partir deste exame, mas não pensa em parar por aí.

Como seu acesso a notícias é restrito, ela conta com a colaboração de seu professor, que fornece reportagens e pesquisas que encontra na internet para complementar os estudos da aluna. “Meu professor atual vem me ajudando muito. Ele viu que eu estou me destacando, mostrando interesse, e me enche de coisas para ler”, comenta.

Maria considera o apoio que recebe uma exceção. Em sua opinião, é bem provável que os demais detentos que farão a prova do Enem não tenham um resultado muito bom na prova. “O material que a gente tem não é dos melhores e o tempo das aulas é pouco”, observa Maria.

A detenta tem apenas duas horas de estudo por dia na penitenciária. Entretanto, durante estas duas horas, ocorrem pelo menos duas contagens dos internos do presídio, o que interrompe a aula por pelo menos meia hora a cada vez.

Além deste empecilho, os detentos nem sempre têm os mesmos objetivos de Maria nas aulas. “Para cada 6 horas de aula, eles têm um dia de detenção abatido. Alguns internos participam das aulas às vezes só para justificar o fato de não trabalhar na detenção. Por isso que os que se destacam acabam recebendo mais dedicação dos professores”, explica Claudia Marize Cândida dos Santos, diretora de Educação da Penitenciária Feminina do Butantã, onde Maria está desde 2008.

Maria é mais exemplo de que focando nos objetivos e perseverando se conquista tudo.


Fonte: IG Educação


Marketing JN10

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A importância do perdão na nossa sociedade

Por Içami Tiba

"Perdoai-os, Senhor... Eles não sabem o que fazem...", disse Jesus, nos últimos e agonizantes momentos de sua vida! É um dos maiores perdões já ouvidos na história da humanidade.

Só iremos compreender a magnitude destas palavras e a grandeza de quem as proferiu quando lidarmos com os nossos sentimentos.

Em uma época em que reina o "não engulo sapos", o "bateu, levou", o "não levo desaforos para casa", é bom lembrarmos o quanto perpetuamos a cadeia de violência que tanto queremos combater. Raramente uma violência tem causa única. Ela é o resultado prático de inúmeras questões, geralmente envolvendo violências anteriores.

Uma guerra, uma concorrência desleal, um preconceito ou um fanatismo, um complexo de superioridade ou inferioridade, um amor não correspondido, uma ridicularização, uma esperança não realizada, uma confiança traída, uma sentimento indevido de posse, uma suscetibilidade ferida, uma desavença com o vizinho, uma briga entre irmãos, uma alteração psiquiátrica, um estado emocional abalado, uma inveja ou ambição destrutiva, uma diferença de opiniões entre os pais acerca dos próprios filhos, uma inconformidade com a separação conjugal etc. Tudo pode ser explicado por uma série de vertentes, cada uma contendo sua razão. Mas todas elas poderiam ser enormemente minimizadas se houvesse mais tolerância, generosidade e perdão.

Uma ação, voluntária ou não, depende não só de quem a faz, mas também de quem a recebe. Um mesmo gesto pode ser recebido com indiferença ou lisonja por um; ao mesmo tempo, outro ser humano pode se sentir ofendido e prejudicado. Estas duas diferentes recepções podem vir de uma mesma pessoa que esteja passando por diferentes momentos de vida. Como é praticamente impossível controlar as ações e reações das outras pessoas, fica claro o quanto cada um de nós teria de desenvolver a prática da tolerância, da generosidade e do perdão nas suas próprias ações e reações.

Mudança dentro de nós mesmos
Assim, se quisermos viver em um mundo melhor, comecemos por uma mudança dentro de nós mesmos. Vamos praticar a auto e "heterotolerância". Pessoas que cobram muito de si mesmas podem esperar que outras pessoas também sejam assim, e acabam sobrecarregadas com excesso de trabalho e falta de tempo para si. Elas praticam violência contra elas próprias e acabam indispostas com outras pessoas, que as frustram por não pensarem da mesma forma. Priorizar atividades e tempo é fundamental para se viver em paz e tolerar deslizes alheios. Violências podem surgir entre dois apressados no trânsito que acabam se atrasando mais quando se envolvem em acidentes.

Quem não prioriza tempo, atividade e relacionamentos, não está sendo generoso consigo próprio: esse indivíduo procura relevar falhas alheias enquanto suporta e pode se tornar violento quando explode, por não suportar mais. Uma das maneiras de ser generoso é usar a expressão "isso não é comigo" e seguir em frente quando outros cometem inadequações. Pode parecer egoísmo, mas muitas violências surgem quando o inocente reage e ambos acabam brigando porque não querem levar desaforo para casa.

O perdão pode ser um gesto de generosidade e saúde. Quem não perdoa, quem traz o espírito da vingança, da reação a qualquer custo, traz também dentro de si uma insana autoridade prepotente com alma carregada de agressividade. Fica cego quem olha somente as inadequações alheias, pois julga, condena e aplica a pena sem ouvir o que se passou com os outros.

Ser tolerante, generoso e perdoador - longe de ser passivo - é um gerador de almas límpidas que contagiam outras pessoas, desarmando-as da própria violência que carregavam dentro de si.

Meu amigo César Souza me apresentou ao jovem Denilson Shitako, que criou e lidera a Fábrica de Criatividade, no Capão Redondo, no local onde seu pai foi assassinado por ladrões. Denilson é um exemplo de tolerância, generosidade e perdão.

Fonte: Site Uol

Entre a luz e a sombra

Este docmentário conta a estória da atriz Sophia Bisilliat que abandonou os paucos para lutar por uma causa mais nobre. Convivendo com diversos tipos de pessoas, ela encarou o desafio de montar um grupo de teatro dentro do Carandiru. A luta pela humanização do sistema carcerário, também fez parte do trabalho desta profissional.

Com uma câmera nas mãos, a jornalista Luciana Burlamaqui acompanhou duarente sete anos a trajetoria de Sophia e dos talentos descobertos por ela.

Assista o trailer. Muito bacana!


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